Centro Cultural de Aracaju recebe exposição fotográfica ‘Refluxo’

Cultura
23/11/2021 14h35

Nesta terça-feira, 23, às 19h30, acontece a abertura da exposição fotográfica “Refluxo”, do artista visual Michel de Oliveira, que fica em cartaz até o dia 9 de dezembro, na galeria do Centro Cultural de Aracaju, localizado na Praça General Valadão. A exposição faz parte do Festival Colora, idealizado pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).

A mostra apresenta 38 fotografias de objetos e animais mortos encontrados nas praias de Aracaju. “Refluxo é uma catalogação daquilo que o mar cospe na areia, colocando para fora as coisas indigestas, como a morte e os detritos deixados pelos humanos”, descreve Michel.

O fotógrafo conta que são imagens ordinárias, de peixes mortos, sacolas plásticas e até fraldas descartáveis deixadas na areia da praia. “A proposta visa juntar esses registros e criar um impacto visual da destruição que moradores e turistas provocam, causando um desconforto que tem por objetivo conscientizar sobre a importância de preservar a praia limpa e de cuidar do meio ambiente”, comenta.

Com uma montagem pouco convencional, com as fotografias espalhadas pelo chão e rodeadas por areia, a mostra cria um espaço imersivo, em que o conteúdo das imagens vaza para o espaço da galeria.

“O espectador é convidado a repetir a ação de caminhar do fotógrafo, desvendando as imagens que encontram no caminho. Esse trajeto nos provoca a pensar: o que você rejeita? O que de você é rejeitado?”, expressa a curadora Renata Voss.

A exposição “Refluxo”, promovida pela Prefeitura de Aracaju, foi selecionada no edital Janelas para as Artes, para aplicação dos recursos da Lei Aldir Blanc, executados pela Funcaju.

Sobre o artista

Michel de Oliveira é artista visual, fotógrafo, escritor e arte-educador. Pesquisador com ênfase em fotografia e cultura visual, é doutor em Comunicação e Informação pela UFRGS. Foi apontado pelo Itaú Cultural como um dos novos nomes da fotografia no Brasil.

Entre as premiações que recebeu, destacam-se o Prêmio Funarte Respirarte e o Prêmio Funarte Arte em Toda Parte. É autor de Fatal Error (Moinhos, 2021), O amor são tontas coisas (Moinhos, 2021), O sagrado coração do homem (Moinhos, 2018) e do livro de não ficção Saudades eternas: fotografias entre a morte e a sobrevida (Eduel, 2018).